Os carros elétricos têm sido cada vez mais mencionados no setor automobilístico brasileiro, principalmente em decorrência do crescimento no preço da gasolina no país.
Segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), ainda no primeiro trimestre deste ano de 2022 os carros híbridos, que possuem um motor a gasolina e um motor elétrico que permite seu funcionamento em baixas rotações, além de auxiliar na redução do consumo de combustível e emissão de poluentes, alcançaram a maior participação no mercado brasileiro, tendo quase 9.000 unidades vendidas. Este alcance se aproxima das porcentagem de vendas dos veículos movidos a gasolina.
Desta forma, podemos observar o interesse do governo brasileiro em influenciar esta caminhada para o futuro da mobilidade, sendo desenvolvida uma frente parlamentar para promover a abertura de uma indústria de carros elétricos no Brasil.
Além disso, uma das maiores montadoras de veículos, a chinesa GWM – Great Wall Motor, anunciou que deseja investir até R$ 10 bilhões para produção de carros elétricos no país, sendo eles SUVs e Picapes, desejando chegar a produção de 100 mil carros por ano.
A história dos carros elétricos
Temos a crença de que os carros elétricos são algo novo, sua história começou há alguns séculos, chegando a disputar no mercado com os carros a combustão.
Não tendo um ano definido para sua invenção, relata-se que os primeiros projetos de veículos movidos a bateria surgiram por volta de 1800, por inventores húngaros, holandeses e norte-americanos.
Já em 1890, o químico escocês, William Morrison, dedicou-se aos estudos do armazenamento de energia em baterias e desenvolveu o que seria uma espécie de vagão eletrificado, onde o mesmo alcançava até 14 Km por hora.
Com o primeiro automóvel movido a combustível tendo sido criado em 1885, o interesse pelos veículos a bateria começou a crescer logo após a invenção de Morrison, tendo em vista que os carros com motor a gasolina demonstravam problemas, como os barulhos durante a sua utilização.
Ainda assim, os projetos para estes modelos de veículos foram ficando para trás devido aos altos custos de suas produções e a descoberta de petróleo em grande escala nos Estados Unidos. Por exemplo, em 1914, os carros da recém criada coleção Ford T custavam em torno de 650 Dólares, enquanto, o carro com bateria possuía o valor de 1.750 dólares.
Apesar da Nissan ser responsável por trazer de volta a ideia dos veículos elétricos junto às as demais fabricantes em 1973 – ano da crise do petróleo, a Tesla Motors que foi fundada em 2003, anunciou que iria focar seus desenvolvimentos em carros elétricos, o que fez com que os concorrentes voltassem seu interesse para estes modelos, em busca de ficar a frente no mercado automobilístico.
O desenvolvimento no Brasil
O Brasil teve envolvimento com a criação dos motores elétricos em 1974, quando engenheiro mecânico e eletricista João Conrado do Amaral Gurgel, fundador da Gurgel – fabricante brasileira, desenvolveu o então nomeado como Gurgel Itaipu, um veículo 100% elétrico e que, em seu último protótipo, chegava a 60 km. Porém devido a sua baixa autonomia, tendo a necessidade de 10 horas de recarga, além das baterias que pesavam mais ou menos 320 Kg, o veículo não chegou a ser liberado para venda e seus únicos 27 modelos fabricados tornaram-se itens de colecionador.
A Gurgel foi responsável por continuar investindo no desenvolvimento de baterias mais leves, com maior eficácia e menor tempo de recarga, mas a falta de apoio do governo levou a fabricante brasileira a mais uma vez deixar de lado o projeto e a mesma encerrou suas atividades em 1996, após declarar falência.
Como podemos ver, existe um grande potencial no setor automobilístico para a fabricação de carros elétricos, podendo ser um grande passo para a indústria brasileira. Você já pensou em ter um carro elétrico? Continue acompanhando nosso blog e fique por dentro de todas as novidades.
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